Qual o futuro de uma empresa sem segurança da informação?

O primeiro computador criado, em 1946, mas que foi ligado oficialmente em Julho de 1947 foi o Electronic Numerical Integrator And Computer (ENIAC) que praticamente ocupava uma sala inteira e tinha apenas capacidade para fazer contas numéricas. 

 Com o crescimento da #tecnologia vieram tantos benefícios como malefícios. As empresas têm uma maior capacidade para armazenar e processar os seus dados, mas também significa que existem maiores riscos na proteção dos dados em si.

Com isto, um dos primeiros vazamento de dados alguma vez registrado só viria a acontecer em 2005, mais de 1.4 milhões de números de cartão de crédito foram roubados de DSW, um armazém de sapatos de luxo que existe até hoje. 

Posto isto, as empresas começaram a sentir cada vez mais a necessidade de se protegerem de um eventual vazamento de dados. Apesar que ainda não é um assunto que seja levado a sério na maior parte das empresas. 

O Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou, a 13 de janeiro de 2020, os dados estatísticos sobre medidas de segurança usadas por empresas da UE na área das tecnologias da informação e da comunicação ou cibersegurança.

No caso concreto de Portugal, as estatísticas revelam que 98% das empresas nacionais que foram questionadas neste estudo europeu usam, pelo menos, uma medida cibernética e apenas 54% destas empresas asseguram que os seus trabalhadores têm conhecimento de como proceder para garantir segurança online. 

Ainda revelam que cerca de 8% das empresas portuguesas inquiridas apontam ter tido, em 2018, que após falhas em serviços informáticos, corrupção ou acesso indevido a dados e que praticamente a totalidade delas teria aplicado medidas de prevenção. 

No Brasil, desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estrou em vigor, a maior parte das empresas ainda se estão a ajustar à realidade que a lei trás e a melhor maneira de a implementar as medidas de proteção dos dados.  E segundo um relatório retirado da ferramenta de diagnóstico LGPD, em março de 2020, das empresas que testaram o serviço apenas 38% destas mostraram estar de acordo com os requisitos da lei.

Outros dados mostram que, em 2021 no Brasil, o país teria melhorado 53 posições no ranking mundial sobre governança de segurança cibernética que foi divulgado pela União Internacional de Telecomunicações, agência especializada da ONU.

Neste ranking, o Brasil melhorou 53 posições, da 71ª posição para a 18ª, e entre os países da América está em 3º lugar, apenas ultrapassado pelos EUA e Canadá. 

Com o aperto da União Europeia sobre o vazamento de dados e os direitos dos seus cidadões de terem os seus dados protegidos com o RGPD e, igualmente no Brasil com a LGPD as empresas sentiram-se cada vez mais obrigadas a seguirem um protocolo firme e justo sobre este mesmo assunto. 
Sendo no RGPD a penalização mais grave uma coima que pode ascender a 20 milhões de euros e ou a 4% do volume de negócios anual mundial da empresa. 

Já na LGPD, a punição máxima é similar. Até 2% do faturamento da empresa, mas com limitações até R$50 milhões por infração ou então, coima diária igualmente limitada até aos R$50 milhões.

Concluindo, estes regulamentos ou leis impeliram medidas que visam obrigar a definir, documentar e implementar processos de dados e, igualmente, a formar os seus colaboradores sobre vazamento de dados e como evitá-los. 

Posto isto, qual será o futuro de uma empresa sem segurança de informação?

Com estas leis e regulamentos de proteção de dados em vigor parece algo bastante impossível uma empresa não se submeter a uma maior segurança no que toca à proteção de dados pessoais e corporativos. 

Além de ter os seus dados vazados ou de estar em risco de serem vazados pode estar sobre a alçada de uma coima que pode ascender até aos 20 milhões de euros e/ou a 4% do volume de negócios anual da sua empresa. 

Paralelamente, ainda pode perder também a confiança de parte dos seus clientes ou parceiros de negócios que olham com desconfiança a empresa para salvaguardar os seus interesses, incluindo potenciais negócios e os respetivos dados pessoais ou corporativos. 

Em suma, o futuro de uma empresa sem segurança de informação pode passar pelo total cessar das operações da empresa se o prejuízo do vazamento de dados ter sido maior que os ganhos, e reconhecer que é necessário proteger os dados da nossa empresa, mesmo que isso implique um maior investimento, se torna crítico até mesmo para a continuidade dos negócios e o futuro da própria empresa.

Se tiver qualquer dúvida em como monitorar vazamento de dados da sua organização, entre em contato e converse com um de nossos especialistas.

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